sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Maria Luíza Niederauer Laydner



O casal de imigrantes Philipp Leonhard Niederauer e Anna Catharina Diehl foram pioneiros, em 1826, na colônia alemã de Torres, em Três Forquilhas, hoje Itati. Lá nasceram o primogênito Johannes, que se tornou o famoso Cel. João Niederauer Sobr., e a filha Elisabetha. A família mudou-se para Dois Irmãos, onde, em 14 de novembro de 1831, nasceu Maria Luíza, batizada Louise. Portanto, hoje lembramos os 177 anos de seu nascimento.
Em 1840, a família fixou-se em Santa Maria, sua terra definitiva. Aos 22 anos, em 1854, Maria Luíza casou-se com o ourives Jacob Ludwig Laydner, que chegara à povoação três anos antes.
O casal teve quatro filhos e quatro filhas, tendo a última nascido em 1874, minha avó materna, Lydia Laydner, que casou com Ildefonso Brenner.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Jacob Ludwig Laydner


Neste dia 11 de novembro, registro os 179 anos do nascimento de meu bisavô materno Jacob Ludwig Laydner, em Simmern, no Husnrück, em 11.11.1829. O nome foi regitrado "Leidner" quando a família imigrou na Colônia de São Leopoldo, em 20.10.1848 e se estabeleceu em Campo Ocidental, área colonial junto à atual Novo Hamburgo. Era composta do pai viúvo Johann Peter, mestre-pedreiro, 61 anos; Johann Carl, pedreiro, 20; Jacob Ludwig, ourives, 19; e Josephina 18 anos.
Jacob Ludwig Laydner mudou-se para Santa Maria, em 1851, onde ficou conhecido como Luiz Laydner. Em 1853, comprou um amplo terreno, de Mathilde da Costa Pavão, correspondente, hoje, à metade do quarteirão entre as ruas Dr. Bozano, Serafim Vallandro e Coronel Niederauer. No mesmo ano, ali construiu sua residência, que ainda existe, sob nº 1065, após sucessivas reformas. Junto a ela, construiu a Casa Laydner, de ourivesaria e relojoaria. Em 6.6.1854, casou com Maria Luíza, filha do imigrante Philipp Leonhard Niederauer e irmã do Coronel Niederauer, herói da Guerra do Paraguai.
Jacob Luiz Laydner tornou-se um cidadão respeitado e estimado em Santa Maria. Foi mestre de vários ourives, que aprenderam o ofício com ele. Era o único imigrante católico, entre todos os meus ancestrais alemães. Em 1887, colaborou ativamente com da Capela do Divino, obtendo mais de 500 mil réis para a construção do altar-mor, retábulo, sacristia e nichos, necessários para completar a Capela, que deveria servir de Matriz, ante à demolição da ruinosa antiga igreja.

Luiz Laydner foi fundador do Clube Atiradores Santamariense e, em 1892, seu presidente, sagrando-se “Rei do Tiro”.
Faleceu em 13.3.1913, com 83 anos, em Porto Alegre, onde fora visitar uma filha, e foi sepultado em Santa Maria. Seu necrológio o cita como “bom cidadão, prestante amigo, que baixa ao túmulo cercado do respeito e consideração públicas”.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A torre e os sinos da livre expressão da fé


Neste 30 de outubro de 2008, a Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Santa Maria comemorou os 121 anos do dia em que os sinos de sua Igreja passaram a soar livremente. A programação religiosa e festiva será realizada hoje, 31 de outubro, quando é celebrado o Dia da Reforma.
Em meados do século 19, os numerosos alemães e seus descendentes de Santa Maria haviam conquistado a hegemonia no comércio e na fabricação de produtos. Eram, na maioria, luteranos e, em assembléia realizada em 8 de abril de 1866, fundaram a Deutsche Evangelische Gemeinde, Comunidade Evangélica Alemã. Foram então eleitos a primeira diretoria, sob presidência de Wilhelm Fischer, e o primeiro Pastor, Hugo Alexander Klein. Em 1873, foi construída a Casa de Oração, uma edificação que não podia ter forma exterior de templo, isto é, sem torre, sino e cruz, que eram proibidos pela Constituição do Império às religiões não-católicas.
A torre do templo foi construída, em 1887, com o apoio da sociedade e das autoridades locais, no lançamento da pedra fundamental, em 1º de janeiro daquele ano. No ano anterior, tinham chegado cinco sinos encomendados a uma fundição de Bochum, na Alemanha, três para a igreja de Santa Maria e dois para a capela filial do Pinhal, hoje Itaara.
Em maio de 1887, os sinos soaram pela primeira vez, e a Comunidade sofreu ameaça policial por violação do preceito constitucional. Houve grande reação, e uma petição para alterar a lei recebeu mais de 8 mil assinaturas, em âmbito nacional, inclusive de muitas pessoas de religião católica.
Em outubro de 1887, os membros da Comunidade Evangélica de Santa Maria sentiram-se fortalecidos devido ao imediato apoio dos santa-marienses, à liberação do culto em seu templo, à demissão do delegado e às milhares de assinaturas obtidas na petição. Inauguraram a torre e os sinos de seu templo, que voltaram a badalar, sem mais ameaças, durante todo o dia 30 de outubro de 1887, véspera do Dia da Reforma.
A data foi registrada pelo Pastor Dr. Wilhelm Rotermund, no relatório do Sínodo Riograndense. Ele escreveu que “em 30 de outubro de 1887 a Comunidade Evangélica de Santa Maria inaugurou solenemente a torre e os sinos do seu templo”.
Também o historiador santa-mariense João Belém escreveu (1933) em seu livro que
“...em 30 de outubro de 1887, os sinos da torre da Igreja Alemã, vingando-se dos meses que estiveram mudos, badalaram espalhafatosamente, horas e horas, anunciando à população da cidade que já tinham liberdade de cantar.”

A liberdade de todos os cultos religiosos só foi legalizada, no País, após a proclamação da República, por um decreto de 7.1.1890, mas o dia 30 de outubro de 1887 assinalou a vitória da mobilização contra uma indevida e já descurada lei imperial.
A torre e os sinos da Igreja da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Santa Maria tornaram-se símbolos da liberdade de culto e da livre expressão da fé no Brasil inteiro.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Brenner em Sapiranga - 1

Recebi hoje, do Pe. Serafim Serafini, o livro História de Sapiranga, de Lucio Fleck, onde encontrei importante revelação sobre minha família Brenner, do lado materno.
Meu bisavô Franz Karl (Carlos) Brenner chegou a Porto Alegre, em 1846, com 15 anos de idade, na companhia de sua irmã Maria Catharina, casada com Johann Jacob Cullmann.
A família Cullmann-Brenner deixara a Alemanha com três filhos: Katharina, com quatro anos; Johann Jacob, 2; e Philippina, com seis meses. Esta última, que não teve sua chegada registrada por Hillebrand, pode ter falecido na viagem.
Eu sabia que se estabeleceram na colônia alemã, sem mais detalhes. Agora os encontro entre os primeiros moradores de Sapiranga, entre 1845-70, listados no citado livro (p.54): Kullmann, Johann Jakob e Maria Katharina Brenner.
Há, também, um indício da presença, em Sapiranga, dos Brenner da linha paterna. O livro apresenta (p.41) a relação dos primeiros compradores de terras em Sapiranga, onde consta que Carlos Brenner e João Brenner compraram, em 10.7.1869, uma área do primitivo proprietário João Schuch. Meu bisavô paterno Pedro Brenner tinha os irmãos Carlos, nascido em Birkenfeld, em 1822, e João, nascido em Campo Bom, em 1830. Em 1869, eles teriam 47 e 39 anos. O fato de Carlos e João Brenner terem feito a compra em conjunto é um indício de que eram irmãos, mas pode ser coincidência. É preciso investigar.

Piano Schiedmayer


Hoje, 25.9.2008, o piano Schiedmayer foi afinado por Person Losekann Fontes, com formação na Alemanha. Há sete meses, o piano foi transportado para minha casa, em 26 de fevereiro deste ano
Com nº. 45258, foi fabricado em Stuttgart, em 1911, e foi importado por meu avô Ildefonso Brenner, supostamente em 1913, para minha mãe, Maria Luiza Brenner. Ela tinha então 10 anos de idade.
Até a época da fabricação, a marca Schiedmayer obtivera as seguintes distinções: 54 diplomas e medalhas de Honra ao Mérito, 16 diplomas de Fornecedor da Corte e – o mais importante – Grand Prix da Exposição de Paris de 1900 e Grand Prix da Exposição de Saint Louis de 1904.
A fabricação dos pianos Schiedmayer iniciou em 1853. É a marca com maior número de importações no sul do Brasil, durante o século passado.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Carmen Brenner Paz - Mérito Esportivo

A Prefeitura de Santa Maria agraciou, com a Medalha do Mérito Esportivo-150 Anos, atletas santa-marienses de diversas épocas, em várias modalidades esportivas.
Como Homenagem Especial, Carmen Brenner Paz recebeu a Medalha, na modalidade Tênis, porque foi a mais destacada atleta da cidade em sua época. Venceu por 10 anos o campeonato do Moinhos de Ventos, em P. Alegre. Foi bicampeã brasileira, em 1950 e 1953, ano em que foi pentacampeã estadual.
Carmen é filha de Altino de Figueiredo Paz e Edith Brenner Paz, minha tia. Ela é, portanto, bisneta do patriarca Pedro Brenner, citado no início deste blog.
Residente em Porto Alegre e impossibilitada de viajar, ela pediu-me para representá-la na solenidade realizada no dia 18 de setembro. Eu o fiz com muito orgulho, pois Carmen ergueu bem alto o nome de sua cidade, em âmbito estadual e nacional, através de sua incontáveis conquistas, no tênis.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Carlos Brenner - 177 anos - Franz Karl Brenner

O dia de hoje assinala os 177 anos do nascimento do meu bisavô materno, Franz Karl Brenner, ocorrido em 17 de setembro de 1831. Ele nasceu na pequena Ellweiler, Principado de Birkenfeld, na região do Hunsrück.
Era um adolescente quando emigrou para o Brasil, em 1846. Em Porto Alegre, aprendeu o ofício de alfaiate e, em 1858, com 27 anos, estabeleceu-se em Santa Maria, onde passou a ser chamado Carlos Brenner. Três anos depois, casou com a santa-mariense Christiana Hoffmeister, filha do imigrante Mathias ou Matheus Hofmeister.
Carlos prosperou com sua alfaiataria e depois como comerciante, na Rua do Comércio, atual Doutor Bozano. O casal teve 13 filhos, dois dos quais faleceram pouco depois do nascimento.
Carlos Brenner faleceu com 73 anos de idade, em 18.10.1904, e sua viúva Christiana lhe sobreviveu apenas 19 horas. Ela morreu no dia seguinte, com 60 anos.
A imagem ao lado de Carlos Brenner, já idoso, foi extraída de uma fotografia que mostra um grupo da família.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008



Neste dia 10 de setembro, faz 147 anos que Franz Karl Brenner casou com Christiana Hoffmeister, em 1861. Meus bisavós maternos casaram na primitiva e pequena igreja católica de Santa Maria, cujas paredes já apresentavam as rachaduras que causaram, nos anos seguintes, risco de ruína e precisaram de escoramento externo. Franz Karl ou Carlos Brenner era luterano e Christiana, católica e, por isso, o casamento foi católico. Mas Carlos nunca abandonou sua fé, tendo sido fundador e membro contribuinte da Comunidade Evangélica Alemã (Deutsche Evangelische Gemeinde) de Santa Maria, em 1866.

Nos domingos, o casal tomava rumos opostos: Christiana ia à missa, e Carlos dirigia-se para o culto. Isso aconteceu por muitos anos: a partir de 1873, os alemães evangélicos já tinham seu templo, na Praça da Constituição, depois Praça da República, e a Matriz católica era, desde 1887, a Capela do Divino, na esquina da atual Av. Rio Branco com Rua dos Andradas.


No próximo dia 17 lembramos os 177 anos do nascimento de Carlos (Franz Karl) Brenner, na pequena aldeia de Ellweiler, no Hunsrück.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Homengem da 3ª Div. de Exército


No Dia do Soldado, 25 de agosto, José Antonio Brenner recebeu, do Gen. de Div. Adriano Pereira Junior, o "Diploma Amigo da 3ª Div. de Exército", em solenidade realizada na Av. Liberdade, em Santa Maria.

A homenagem foi em reconhecimento pela colaboração prestada por parte do agraciado na recuperação da história da 3ª Divisão de Exército, que comemorou seu centenário, neste ano.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Peter e Maria Dorothea



A data de hoje marca os 156 anos do casamento de Peter (Pedro) Brenner e Maria Dorothea Schirmer, meus bisavós paternos. Ambos nasceram em Campo Bom e lá casaram, em 31 de julho de 1852. Suas duas primeiras filhas nasceram em Campo Bom. Em 1853, Auguste Wilhelmine que passou a ser conhecida por Guilhermina, em Santa Maria, onde casou com Carlos Cassel. Em 1856, Maria Catharina que, em Santa Maria, casou com Johann Holzschuh.

Em 1857, a família mudou-se para Santa Maria, onde nasceram mais 10 filhos: Pedro, Amália Henriqueta, João Carlos, Luiz, Felippe, Francisco Pedro, Pedro Balduíno, Frederico Guilherme, Henrique Albino, Jorge Leopoldo e Gertrudes.

A foto foi extraída de um grupo onde o casal está junto com seus filhos, filhas, noras e genros, em cerca de 1895, quando Peter tinha 64 anos e Maria Dorothea 60 anos.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Peço desculpas a algum possível visitante deste blog, pois faz mais de um ano que o iniciei e, desde então, não fiz qualquer postagem.
Percebi que a estrutura do blog não era adequada à minha intenção revelada na 'Introdução' e também supus que não estaria disponível na Web.
Hoje, porém, descobri por acaso, no Google, essa disponibilidade.