sexta-feira, 31 de julho de 2009

O casamento de Peter Brenner


Friedrich Karl Brenner, o genearca de minha família, imigrou com quatro filhos e teve mais dois, após se estabelecer em Campo Bom: Johann, nascido em 1830, e Peter, em 15.11.1831.
Peter Brenner (foto) era um menino de 12 anos quando perdeu o pai e logo aprendeu a trabalhar como curtidor. Era um jovem de 20 anos quando se sentiu em condições de casar. A noiva, Maria Dorothea Schirmer, era uma adolescente de 17 anos, nascida em Campo Bom, em 3.7.1835, filha do imigrante Philipp Jakob Schirmer.
O casamento foi celebrado pelo Pastor Dr. Otto Heinrich Theodor Recke, em 31 de julho de 1852, há 157 anos. Na colônia Campo Bom viviam então cerca de 500 pessoas e ainda havia, desde 1928, a pequena igreja de madeira – o primeiro templo evangélico da Província –, além da nova igreja de alvenaria, consagrada no ano anterior. Mas, conforme registrou o Pastor, o casamento foi realizado na casa de Peter Brenner, que poderia ser a que herdara de seu pai, já que suas irmãs haviam casado e sua mãe morava com o genro Johann Bastian, na vila de São Leopoldo.
Serviram de testemunhas o colono e sapateiro Christian Spindler, que se tornou subdelegado de polícia, anos depois; o colono Karl Ludwig Habigzang, cunhado de Peter; e Heinrich Jakob Schirmer, irmão mais velho da noiva.
Peter e Maria Dorothea viveram mais cinco anos em Campo Bom, onde nasceram suas duas primeiras filhas Auguste Wilhelmine e Maria Catharina.
Em 1857, eles acompanharam o numeroso grupo familiar, liderado pelo sogro Philipp Jakob Schirmer, em mudança para Santa Maria, onde nasceram mais 11 filhos do casal.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Peter Weckert




O dia 19 de julho de 2009 assinala os 250 anos do nascimento de Peter Weckert, ancestral de todos os Laydner no Brasil.
Weckert foi notável cidadão da pequena Büdesheim que hoje é parte de Bingen junto ao Reno, no Rheinhessen. Ele era vitivinicultor e foi, durante o domínio francês na região, o Maire (prefeito) da localidade (1801-05) e Kirchenmeister, Mestre da “Fábrica da Igreja” (1803-10). Exerceu importante liderança, na retomada das atividades e nas reconstruções, após a libertação.
Peter Weckert teve 14 filhos, entre os quais Maria Theresia, que casou com Peter Josef Leidner, e Catharina Franziska, que casou com Johann Peter Leidner, irmão do anterior.
Dos sete filhos desse casal, três emigraram para o Brasil com o pai viúvo, em 1848. O Dr. Hillebrand escreveu "Leidner" quando registrou a chegada da família a São Leopoldo, mas na terra de origem já fora adotada a grafia "Laydner" usada pela descendência, no Brasil: Johann Carl, que se notabilizou como vitivinicultor, em Santa Maria; e Jakob Ludwig, meu bisavô materno, mestre ourives na mesma cidade.
Assim, toda a descendência Laydner, a partir de Santa Maria, tem como ancestral comum Peter Weckert, meu tetravô.
As fotos mostram a casa de Weckert e a antiga Rathaus, onde ele exerceu seu governo, em Büdesheim, ainda existente e peça importante do patrimônio edificado local.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Kümmel de Lindenau


Lindenau, destacado em amarelo, era um vilarejo do distrito de Danziger-Niederung. Ficava a 50 km ao sudeste de Danzig, hoje Gdansk, na extensa planície na margem esquerda do Rio Vístula.


A localização da aldeia natal do genearca da família Kümmel resultou de uma interessante investigação. Johann Daniel Gottlieb Kümmel chegou à Colônia Alemã de São Leopoldo, na segunda leva de imigrantes, composta de quatro solteiros, em agosto de 1824. Em seu casamento, um ano depois, ele foi citado como "de Lindenau junto a Danzig". Nos batismos de seus filhos, a citação refere-se a "Danziger-Niederung", que era uma região administrativa próxima de Danzig, na província do Reino da Prússia chamada Prússia Ocidental.
A região pertencia à Prússia desde a primeira partilha da Polônia, em 1772. Após Congresso de Viena, houve a reorganização territorial do Reino da Prússia e foi fundado, em 1818, o distrito Danziger-Niederung, que abrangia áreas rurais na planície a leste do Rio Vístula, onde estava Lindenau. Então, quando Kümmel emigrou, em 1824, sua localidade natal pertencia ao citado distrito.
Pelo Tratado de Versalhes, após a 1ª Grande Guerra, a região voltou à Polônia e foi extinto o distrito Danziger-Niederung. A cidade de Danzig foi reconstituída como cidade-livre, com seu primitivo nome de Gdansk, assim como todos os demais topônimos, que receberam nomes poloneses.
Essa é uma frequente dificuldade para localizar a origem de imigrantes da antiga Prússia Ocidental, na atual Polônia. A descoberta de um mapa da área, onde os topônimos têm as denominações polonesas e alemãs trouxe, em parte, a solução, mas Lindenau era uma localidade rural muito pequena e não consta no mapa. Entretanto, um relato de Bruno Flindt, no “Danzig Forum Gdansk”, descreveu a localização: Lindenau ficava 10 km ao sul de Tiegenhof e 8 km a leste de Neuteich. Lindenau tem hoje o nem polonês de Lipinka, um vilarejo de 930 habitantes, a 8,5 km a leste de Nowy Staw ou Neuteich, nome alemão na época prussiana.