terça-feira, 29 de junho de 2010

Centro de Tecnologia da UFSM – 50 anos

Neste dia 30 de junho, o Centro de Tecnologia da UFSM completa 50 anos de fundação. Foi fundado pela Associação Santa-Mariense Pró-Ensino Superior, a ASPES, em 30 de junho de 1960, com o nome de Centro Politécnico de Santa Maria. O ato solene da fundação foi realizado no salão nobre da Escola Industrial Hugo Taylor.
Dois dias antes, em 28 de junho, houvera a instalação da Congregação de Professores do Centro Politécnico, composta pelos engenheiros Altair Alves, Edy Pereira dos Santos, Fernando Ramos, Flávio Rolim, Jayme Souza, José Camboim Ribas, Luiz Bollick, Paraguassu Flôres, Raphael Pillar, Telmo Jardim de Oliveira e Wilson Aita; os arquitetos Florêncio Della Méa e José Antonio Brenner; e o economista Willy Schwark. Esses 14 membros da Congregação são os fundadores do Centro de Tecnologia.
A criação dos cursos de engenharia foi uma iniciativa do Prof. José Mariano da Rocha Filho, presidente da ASPES, que contou com a atuação decisiva dos engenheiros e arquitetos locais.
O Centro Politécnico, a ser construído em área de 38,68 hectares, doada pelas famílias Behr e Tonetto, em Camobi, incluía os cursos de Engenharia Civil, Elétrica, Mecânica, Metalúrgica e de Estradas; mais os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Geografia, Física, Química e Geologia. Em fins de 1959, o projeto urbanístico estava concluído e, em 3 de janeiro de 1960, onze meses antes de ser criada a Universidade de Santa Maria, foi lançada a pedra fundamental do Centro Politécnico. No mês seguinte, o Instituto Eletrotécnico, que seria o primeiro curso, teve iniciadas as obras do seu prédio, que abriga hoje o Centro de Tecnologia.
A criação da Universidade de Santa Maria, em 14.12.1960, transformou a organização, oferecendo os Cursos de Engenharia Civil e Engenharia Elétrica. O Centro Politécnico da ASPES, foi incorporado à Universidade com a denominação de Faculdade Politécnica, cujas aulas iniciaram em março de 1962, na Escola Hugo Taylor, exceto as de expressão gráfica, que eram dadas no edifício em acabamento, em Camobi. Assim, eu fui o primeiro professor a dar aulas no campus.
Em 1965, a instituição passou a chamar-se Universidade Federal de Santa Maria-UFSM, de acordo com a lei referente à denominação e qualificação das universidades federais. A UFSM foi reestruturada em 1970, com a criação de oito centros de ensino, e a Faculdade Politécnica passou a denominar-se Centro de Tecnologia.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Friedrich Karl Brenner — 226 anos

O dia 23 de junho marca o nascimento de Friedrich Karl Brenner, meu trisavô paterno e genearca de uma grande descendência, no Brasil.
Ele nasceu em 23.6.1784, em Birkenfeld, no Hunsrück, quando a cidade era sede do Margraviado de Baden. Era filho de Johannes Brenner, tecelão de linho (Leinenweber) e Maria Katharina Lengler. Friedrich Karl seguiu a profissão de seu pai e também era músico; esses dois ofícios eram citados nos registros na terra natal e na colônia de Campo Bom.
Em 24.2.1810, ele casou com Maria Margaretha Kunz, nascida em Schloss Werdenstein junto a Hoppstädten, 5 km ao sul de Birkenfeld. Nessa época, a região estava sob domínio da França, e o casamento foi registrado em francês.
Quando decidiu emigrar, em 1828, sua cidade era sede do Principado de Birkenfeld, um exclave do Grão-Ducado de Oldenburg, 500 km ao norte.
A família chegou à Colônia Alemã de São Leopoldo, em 19 de junho de 1829, e recebeu seu lote em Campo Bom, linha colonial aberta havia quatro anos. Era composta do casal e quatro filhos: Elisabeth Philippine, com 15 anos; Juliana, 10 anos (morreu três meses após a chegada); Karl, 7 anos; e Christiana Carolina, com 3 anos.
Friedrich Karl Brenner faleceu em Campo Bom, em 22 de abril de 1843, com 58 anos de idade. Seu filho Peter, nascido naquela colônia, em 1831, mudou-se para Santa Maria, em 1857, com esposa e duas filhas, gerando uma das duas famílias Brenner da cidade.