segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Natal 2011 em Santa Maria

É inelutável usar a frase: "Nunca antes na história desta cidade o Natal esteve tão lindo!".
A Praça Saldanha Marinho, a Av. Rio Branco, o Viaduto Evandro Behr, o calçadão da 1ª Quadra estão belíssimos com a feérica, farta e bem-planejada decoração de Natal.
A primeira foto  mostra o grande pinheiro montado com material reciclado de milhares de garrafas pet. Na foto da praça, o fotógrafo aproveitou o efeito do reflexo na água da chuva que acabara de cair.
Pinheiro com cerca de 13 m feito com 50 mil garrafas pet.
Atrás, a Catedral Anglicana e o edif. da SUCV, atual sede do governo municipal.
foto: Germano Rorato

Praça Saldanha Marinho. Ao fundo, o chafariz instalado em 1934.
foto: Germano Rorato
Aplausos ao Prefeito Cezar Schirmer e à sua equipe!
Santa Maria merece.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Centro Poliesportivo do Avenida Tênis Clube

No último sábado, membros do Conselho Deliberativo do A.T.C. visitaram as obras do Centro Poliesportivo, iniciadas há quase um ano.
Estão edificadas as estruturas e coberturas dos módulos que conterão as piscinas térmicas, saunas masculina e feminina e espaço de convivência. As obras do terceiro módulo, destinado ao ginásio de esportes, ainda não foram iniciadas.
O volume da esquerda abrigará o centro de convivência (bar, lancheria),
as saunas (masculina e feminina), vestiários e duchas.

Em menos de um ano, o clube oferecerá na piscina semiolímpica várias atividades: natação, hidroginástica, recreação. As medidas de 25,00m por 17,50m comportam sete raias para exercícios, treinamento e competições. O Avenida Tênis Clube poderá voltar a ter uma equipe de natação competitiva como teve no passado, quando muitos títulos foram conquistados.
O Centro Poliesportivo é uma relevante realização da atual gestão, que engrandecerá o clube, com novos e valiosos serviços aos associados.
Conselheiros em visita à edificação das piscinas térmicas.
No 1º plano, a piscina infantil e mais adiante a semiolímpica com
as formas e armaduras das paredes prontas para a concretagem.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Pórtico de Santa Maria

Vista desde o estacionamento. As placas triangulares, à direita,
dão boas-vindas aos que chegam e desejam boa viagem aos que
deixam a cidade.  -  foto J. A. Brenner

Em maio de 2011, foi concluído o chamado pórtico de acesso à Santa Maria, pela RSC-287. Na verdade, não é um pórtico, mas um monumento que assinala o acesso à Cidade Cultura, como o Prefeito Cezar Augusto Schirmer definiu:  
“Trata-se de um símbolo à modernidade que, por extensão, também presta homenagem a todos que, de uma forma ou de outra contribuem para o desenvolvimento de Santa Maria, gerando emprego, receita, riquezas e conhecimento”.
Foto colhida na internet.
O monumento, de autoria do arquiteto Pepe Reyes, faz parte de um complexo que inclui um avião Xavante, doado pela FAB, um centro cultural e um posto de informações turísticas, com estacionamento para carros e ônibus. Está situado um pouco antes da entrada da Base Aérea, para quem chega à cidade.
A arquitetura do monumento, construído em aço e alumínio, tem a forma de um arco parabólico inclinado, de cujo centro parte um semiarco que se projeta sobre a rodovia, dando equilíbrio ao conjunto.
A obra de R$1.600.000,00 foi realizada, em 75%, com recursos do Ministério do Turismo, e o restante com contrapartida da Prefeitura.
Avião Xavante doado pela FAB faz parte
do complexo - foto J.A.Brenner
O projeto do complexo teve início em 2008, por iniciativa da Secretaria de Município de Turismo e parceria com a Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria-CACISM. O presidente dessa entidade, Paulo Ceccim, entende que o complexo revela aos visitantes que Santa Maria é uma cidade moderna, de qualidade e habitada por um povo especial: “Simboliza, através da sua importância e modernidade, a Santa Maria que queremos, buscamos e iremos ter”.
A iluminação, que terá vários efeitos de luzes e cores, será instalada em breve.
Um vídeo do complexo, filmado por quem deixa a cidade, pode ser visto em: 
http://www.youtube.com/watch?v=CXsuSQ4E8XY

domingo, 24 de abril de 2011

Grupo Atirador Pedro Brenner

O tiro esportivo foi introduzido no Brasil pelos imigrantes alemães. As sociedades de atiradores (die Schützenvereine) têm origem em uma tradição muito antiga, nas corporações germânicas medievais que defendiam os castelos e as vilas. Foram muito importantes nas áreas de colonização alemã no sul do Brasil, a partir da segunda metade do século 19, quando alemães e descendentes se organizaram em sociedades com diversas atividades: tiro, ginástica, canto, bolão.
Em Santa Maria, dois clubes tiveram origem em sociedades de tiro: O Deutscher Schützenverein, que foi refundado, em 1920, como Clube Atirador Esportivo, e o Clube de Atiradores Santamariense, fundado em 28.9.1887, por 31 atiradores, tendo por sede o estande de tiro instalado na chácara do alemão Karl Müller, seu primeiro presidente.
Pedro Brenner aos 60 e poucos anos.
Um dos fundadores foi Pedro Brenner, meu bisavô paterno, que desenvolveu intensa atividade e influência no clube. Desde jovem ele praticava o esporte, tendo vencido, aos 19 anos, uma competição de tiro, em Campo Bom, onde nascera, em 15.11.1831, e fora batizado com o nome de Peter Brenner.
Era chamado Pedro Brenner, em Santa Maria, para onde se mudou em 1857, com esposa e duas filhas, e onde viveu durante 68 anos, tendo falecido com 93 anos de idade, em 8.4.1925.
Três anos após o seu falecimento, 15 sócios do Clube Atiradores Santamariense fundaram o “Grupo Atirador Pedro Brenner” assim denominado em memória ao “grande entusiasta do esporte da caça e do tiro ao alvo”, conforme notícia em jornal da época. O grupo era dirigido por Alfredo Blankenheim, presidente, Walter Grau, secretário, e Frederico Eggers, fiscal geral.
Manchete e início da notícia do Diario
do Interior
, em 22.5.1928, terça-feira.
A fundação ocorreu supostamente nos primeiros dias de maio de 1928, vinculado ao Clube Atiradores Santamariense. Em 8 de maio, em sessão da diretoria desse clube, foi lido o ofício que comunicava a fundação e solicitava o uso das armas do Santamariense e também que fosse pedido o estande de tiro do Clube Atirador Esportivo, “até que nosso estande esteja em condições de ser utilizado”.
No domingo de 20 de maio, realizou-se o primeiro campeonato do “Grupo Atirador Pedro Brenner”, no estande de tiro do Clube Atirador Esportivo. Tomaram parte 12 atiradores, sendo vencedor Frederico Eggers.


terça-feira, 19 de abril de 2011

Cemitério Evangélico de Itaara

Johann Jacob Albrecht
A inscrição em seu túmulo
é a segunda mais antiga hoje visível.

Os cemitérios evangélicos tiveram início no período de associativismo teuto, a partir de 1850. Em Santa Maria, os primeiros alemães luteranos e seus descendentes foram sepultados no Cemitério da Capela e depois no Cemitério Santa Cruz que, como quase em toda parte, eram controlados pela Igreja Católica. Havia resistência em reconhecer os casamentos e batismos, assim como aceitar os sepultamentos de protestantes nesses cemitérios. Em 1860, antes de fundarem sua comunidade evangélica alemã, em Santa Maria, os alemães luteranos obtiveram do governo provincial uma área para instalação do seu cemitério, hoje incluída no Cemitério Municipal.
A pequena colônia alemã do Pinhal, que gerou Itaara,teve início em abril e maio de 1857, portanto há 157 anos, quando 11 famílias se estabeleceram em terras compradas por Miguel Kroeff, Johann Jacob Albrecht e Jacob Adamy aos quais era ligada a maior parte dos demais colonos pioneiros: Gehm, Zimmermann, Ilges, Streccius, Bopp, Schreiner.
Túmulo de Martin Zimmermann
Não sabemos quando foi instalado o cemitério evangélico do Pinhal, que hoje fica na Avenida Guilherme Kurtz, em frente à Igreja Evangélica, em Itaara. A inscrição de data mais antiga de falecimento, hoje visível, é de 10 de maio de 1873, referente ao falecimento de Maria Eva Albrecht geboren Müller. Ela era casada com um dos líderes pioneiros, Johann Jacob Albrecht, cuja data de falecimento, 2.10.1885, é a segunda mais antiga que hoje podemos ver nas inscrições.
A lápide do pioneiro Peter Daniel Gehm
foi encontrada em 2005, por Augusto
Cezar Gehm, em um canto de cemitério.
Certamente houve sepultamentos anteriores porque a Colônia Alemã do Pinhal fora estabelecida 16 anos antes. Sabemos que outro líder da colônia, Jacob Adamy, falecido em 15.9.1876, foi ali sepultado, mas sua lápide foi retirada. E certamente há mais antigos como, por exemplo, o  da menina Henriqueta Ludovica Zimmermann, filha do pioneiro Martin Zimmermann, falecida em 8.8.1867, no Pinhal. E de Miguel Gehm, falecido em 3.3.1871, filho do pioneiro Peter Daniel Gehm.
Na sepultura de Martin Zimmermann (foto), cujo casamento foi o primeiro daquela colônia, em 25.5.1857, há a inscrição:
Hier ruht in Gott Martin Zimmermann, geb. 9. November 1831 gest. 11. März 1915. Auf wiedersehn! Ou seja, – Aqui descansa em Deus, Martin Zimmermann, nascido em 9 de novembro de 1831, falecido em 11 de março de 1915. Adeus!
A Colônia Alemã do Pinhal, berço de Itaara, e seu cemitério evangélico, com seus valiosos registros epigráficos, não constam na bibliografia sobre a imigração alemã, no Rio Grande do Sul.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Balduino Brenner

Neste dia 6 de janeiro de 2011, completam-se os 140 anos do nascimento de meu avô paterno. Pedro Balduino Brenner, mais conhecido pelo segundo prenome, nasceu em 6 de janeiro de 1871, na casa de seus pais Pedro Brenner e Maria Dorothea Schirmer Brenner. A casa estava localizada na propriedade de cerca de 60 hectares, junto ao Vacacaí-Mirim, em Santa Maria, hoje bairro Quilômetro Três. Ele foi batizado na Igreja da Comunidade Evangélica Alemã possivelmente pelo Pastor Hugo Klein, que deixou a paróquia após junho daquele ano.
Balduino Brenner era guarda-livros e exerceu, por muitos anos, o cargo de diretor tesoureiro da Cia. Santamariense de Luz Electrica, desde o final do século 19 até 1929, quando a companhia foi vendida à empresa canadense Cia. Sul Americana de Serviços Públicos. Os escritórios e a usina ficavam na Rua Venâncio Aires, onde hoje está a administração da AES-Sul. Era também securitário, como agente local da Cia. de Seguros Alliança da Bahia.

Balduino Brenner
aos 60 e poucos anos.
Balduino teve intensa vida social e esportiva. Participou por muitos anos da diretoria do Clube Atiradores Santamariense, onde foi várias vezes “Rei” na tradicional competição de “Tiro de Rei”. A foto acima mostra Balduino quando foi "Rei do Tiro" em 1902, portando a faixa de prata referente ao título e as medalhas das conquistas anteriores.
Atuou também na política, tendo sido candidato a conselheiro municipal, em 1916, pelo Partido Federalista, em oposição a Borges de Medeiros. Como sempre ocorria, nenhum candidato da oposição foi eleito, naquela época do voto de cabresto.
Balduino Brenner sofria de grave cardiopatia e faleceu aos 69 anos, em 7.7.1940, na cabine do trem, quando passava pela Estação Barreto, a 70 km de Porto Alegre, onde fora consultar. Estava acompanhado por seu filho Ennio Brenner e por seu neto Arthur Brenner Paz.